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Capital política e intelectual da França, Paris é a sede do governo, das principais administrações, de um arcebispado, de uma Universidade (que congrega a terça parte dos estudantes franceses), de vários museus e bibliotecas. É, ademais, o principal centro industrial e comercial da França, graças à importância do mercado de consumo, à convergência das vias de comunicação e à concentração dos capitais.
Capital política e intelectual da França, Paris é a sede do governo, das principais administrações, de um arcebispado, de uma Universidade (que congrega a terça parte dos estudantes franceses), de vários museus e bibliotecas. É, ademais, o principal centro industrial e comercial da França, graças à importância do mercado de consumo, à convergência das vias de comunicação e à concentração dos capitais.
Paris é a sede das organizações internacionais UNESCO, OECD e Câmara Internacional de Comércio.
O primeiro povoamento conhecido de Paris é da cultura chasseana (entre 4 000 e 3 800 a.C.), sobre a margem esquerda dum antigo braço do Sena . A presença humana lá parece ter sido contínua durante o Neolítico.
Na idade Antiga, a falta de dados caracteriza o conhecimento do período desde a dita ocupação pré-histórica até a época galo-romana. A única certeza é de que os Parísios são os mestres da região quando chegam as tropas de César, em 52 a.C., que a renomeiam comoLutetia (Lutécia).
Segundo a tradição, a vila foi cristianizada por São Denis, martirizado no ano 272. Durante o Baixo Império, a Lutécia foi afetada pelas grandes invasões e a sua população se refugiou na île de la Cité, fortificada com pedras recuperadas de grandes edifícios arruinados. Contudo, desde o século IV, a existência de assentamentos exteriores à muralha é atestada, e a vila retoma o nome do povo do qual ela é a capital, os Parísios.[7]
Em 451, a Santa Genoveva, futura padroeira da cidade, será quem conseguirá convencer os habitantes a não fugir diante dos Hunos de Átila, que são repelidos efetivamente sem combate.
A idade média, o rei Clóvis I fez de Paris a capital do Reino dos Francos por volta de 506. Aí ela permanece até pelo menos o início do século VII. Noséculo VI, a Igreja de Saint-Gervais é o primeiro lugar de culto implantado sobre a margem direita — sinal de que a cidade se expande.
O poder real se fixa progressivamente em Paris, que volta a ser a capital do reino, a partir de Luís VI (1108-1137) e mais ainda sob Filipe Augusto (1179–1223), que a cercou com uma muralha.
Luís XIV escolhe Versalhes como residência em 1677, antes de para lá mudar a sede do governo em 1682. Colbert toma em sua mãos a gestão parisiense e faz as idas e vindas entre Paris e Versalhes. Durante o seu reino, o Rei Sol não foi mais que vinte-e-quatro vezes a Paris, essencialmente só para marcar presença em cerimônias oficiais, numa mostra de hostilidade da qual não gostam muito os parisienses.[f 13]
No século XVIII, Versalhes não tira de Paris a preeminência intelectual; pelo contrário, ela se torna uma chama revolta a se alimentar das ideias iluministas. É esse o período dos salões literários, como aquele de madame Geoffrin. Os anos setecentos é também um período de forte expansão económica a qual permite um importante marco demográfico: a vila chega a 640 000[10] habitantes às vésperas da Revolução Francesa.
Em 1715, o regente Filipe d'Orleães abandona Versalhes pelo Palais Royal. O jovem Luís XV se instala no Palácio das Tulherias, assim fazendo um efémero retorno da realeza a Paris. Desde 1722, Luís XV volta ao Palácio de Versalhes, rompendo a frágil reconciliação com o povo parisiense.
A queda do Império em 1814-1815 traz a Paris os exércitos ingleses e cossacos que acampam nos Champs-Élysées. Luís XVIII, de retorno do exílio, reentra em Paris, lá faz-se coroar e se instala nas Tulherias.
Com a chegada do Segundo Império, Paris se transforma radicalmente. Duma cidade de estrutura medieval, de construções antigas e insalubres, e praticamente desprovida de grandes eixos de circulação, ela se torna em menos de vinte anos uma cidade moderna. Napoleão III tinha ideias precisas sobre urbanismo e habitação. A Paris dos dias de hoje é por isso antes de tudo a cidade de Napoleão III e de Haussmann, que foi contratado para remodelar a cidade, abrindo diversas novas ruas, eixos e boulevares, além de novos espaços abertos e monumentos. Dessa forma, Paris adquiriu um novo traçado urbano..
Durante a Belle Époque, a expansão económica de Paris é significativa; em 1913 a cidade possui cem mil empresas que empregam um milhão de trabalhadores.[18] Entre 1900 e 1913, 175 cinemas são criados em Paris, numerosas lojas de departamentos nascem e contribuem para o engrandecimento da cidade luz. Duas exposições universais deixam uma grande marca sobre a cidade. A Torre Eiffelé construída para a Exposição Universal de 1889 (centenário da Revolução Francesa) a qual acolhe 28 milhões de visitantes. A primeira linha do Metropolitano de Paris, o Grand Palais, o Petit Palais e a Ponte Alexandre III são inaugurados à ocasião da Exposição de 1900, a qual recebe cinquenta-e-três milhões de visitantes.[18] A indústria progressivamente se desloca para os subúrbios próximos onde se acha mais espaço disponível: Renault a Boulogne-Billancourt ou Citroën a Suresnes. Essa migração é a origem do "banlieue rouge". Entretanto, certas atividades permanecem fortemente implantadas dentro da cidade intra-muros, em particular a imprensa e a publicação.
Da Belle Époque aos Anos malucos, Paris conhece o apogeu da sua influência cultural (notavelmente no entorno dos bairros de Montparnasse e de Montmartre) e acolhe muitíssimos artistas tais como Picasso, Matisse, Braque e Fernand Léger.
No decorrer da Segunda Guerra Mundial, Paris, declarada como cidade aberta desde a Batalha da França, é ocupada pela Wehrmacht em 14 de junho de 1940. Ela é relativamente poupada.O governo do marechal Pétain se instala em Vichy, e Paris cessa de ser a capital e se torna a sede do comando militar alemão na França (Militärbefehlshaber in Frankreich). Em 23 de dezembro de 1940, o engenheiro Jacques Bonsergent é o primeiro membro da Resistência a ser fusilado em Paris. Em 16 e 17 de julho de 1942, dá-se a Rafle du Vélodrome d'Hiver, ou Vel d'Hiv, a apreensão de 12 884 Judeus, a mais massiva na França, tratando-se na maioria de mulheres e crianças.
Ao se aproximarem as tropas aliadas, a Resistência Francesa desencadeia uma insurreição armada em 19 de agosto de 1944. A Liberação de Paris se faz em 25 de agosto com a entrada em Paris da 2ª divisão blindada do General Leclerc, que comanda ao capitão Raymond Dronne que perfure as linhas inimigas com a sua nona companhia (Régiment de marche du Tchad). O general von Choltitz capitula sem executar as ordens de Hitler demandando a destruição da cidade. A cidade é relativamente poupada de combates.
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